Inclusão Digital No Brasil: Contribuições da Informática Educativa e dos Programas Governamentais

  • Márcia Gorett Ribeiro Grossi Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
  • Ademir José dos Santos CEFET-MG
  • Maria de Lourdes Parreiras UFRJ

Resumo

Este artigo visa refletir sobre questões relativas aos programas governamentais referentes à educação brasileira, através das intermediações e contribuições das tecnologias digitais da informação e da comunicação (TDICs). No Brasil, a partir da década de 80 foram implementadas várias experiências sobre inclusão digital, não só por parte do governo federal, mas também, pelos governos estaduais, municipais e pela sociedade civil. Entende-se, hoje, que além de proporcionar modernismo, lazer e fonte de pesquisa, as TDICs se apresentam como fonte de renda e de cidadania. Visto que estas podem contribuir para resolver problemas de desemprego, misérias e desigualdades sociais.

Biografia do Autor

Márcia Gorett Ribeiro Grossi, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Professora titular do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais, lotada no departamento de Educação. Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1987), graduação em Programa Especial de Formação de Docente pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (1990), mestrado em Mestrado Em Tecnologia pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (1993) e doutorado em Ciências da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2008). Foi Diretora da Fundação de Apoio à Educação de Desenvolvimento Tecnológico de Minas Gerais (2004 a 2017). Líder do grupo de pesquisa AVACEFETMG. Pesquisa os seguintes temas: educação a distância, educação profissional, informática, neuroeducação e novas tecnologias digitais.
Ademir José dos Santos, CEFET-MG

MESTRE EM EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA NO CEFET-MG PROFESSOR, FILOSOFO (PUC-MG), PEDAGOGO(PUC-MG), ESPECIALISTA EM PROEJA (Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos) (CEFET-MG), ESPECIALISTA EM INFORMÁTICA EDUCATIVA (UFMG), ESPECIALISTA EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR (UCB-RJ), ESPECIALISTA EM PSICOPEDAGOGIA (FERLAGOS- RJ) ARTICULADOR COMUNITÁRIO (CIDADES DE APRENDIZAGEM) CONSULTOR EDUCACIONAL - FORMADOR E CAPACITADOR DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA (PROVAVI / KROTON EDUCACIONAL) Ex-DIRETOR PEDAGÓGICO EDUCAÇÃO BÁSICA

 
Maria de Lourdes Parreiras, UFRJ
Graduada em Museologia pela Universidade do Brasil - Curso de Museus, atual Escola de Museologia da UNIRIO (1963-1965). Curadora do Museu da Imagem e do Som, RJ, 1965 a 1967 e do Museu de Artes e Tradições Populares, RJ. Bolsa de estudos da Fundação Calouste-Gulbenkian para pesquisa em arquivos e coleções de Portugal (1967 a 1968). Concurso do DASP para Conservador de Museus Federais, 1967, classificada em 1o. lugar. Nomeada Conservadora de Museus em novembro de 1970, lotada no Museu Nacional de Belas Artes. Chefe da Seção Técnica do MNBA e Membro do Conselho Consultivo do MNBA, 1970 a 1974. Assessora do Diretor Geral do DAC/Ministério da Educação e Cultura, 1974 a 1977. Membro da Comissão de Ética da ABM (Associação Brasileira de Museologia), e do grupo de trabalho que elaborou o Código de Ética Profissional dos Museólogos. Chefe da Seção Técnica do Museu Imperial, Petrópolis, 1977 a 1985. Bolsa de Estudos do CNPq e do British Council para doutorado no exterior, de 1986 a 1992. Tese de doutoramento na Universidade de Leicester, Departamento de Estudos Museológicos, "Museum Semiotics, a new approach to Museum Communication", defendida em 1992. Coordenadora da Coordenadoria Geral de Acervos Museológicos da Fundação Nacional pro-Memória, 1986 a 1990. Nomeada Diretora do Museu Imperial/IPHAN/MinC em novembro de 1990. Exonerou-se do cargo em dezembro de 2008. Consultora ad-hoc do CNPq. Professora assistente do Curso de Museus (UNIRIO) de 1969 a 1974. Professora adjunta da Universidade Santa Ursula (História da Arte). Pesquisadora convidada no Woodrow Wilson Center for Scholars, em Washington, D.C. (2000). Publicou o "Guia Básico da Educação Patrimonial", IPHAN/MinC, 1999, cujo conceito e metodologia introduziu no Brasil em 1983. Consultora do Museu Goeldi, CNPq, da ELETROSUL (Usina Hidroelétrica de Itá), da TVE-Brasil, e do Ministério das Relações Exteriores (Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty). Recebeu a comenda da Ordem de Rio Branco. Curadora de inúmeras exposições em Museus e Centros Culturais. Conferencista em diversos congressos e simpósios, no Brasil e no Exterior. Publicou artigos em revistas especializadas em Patrimônio, Cultura e Museus, no Brasil e no exterior. Editora da Revista "Cadernos Museológicos" da FNPMemória (1986-1990). Membro do Conselho da Revista Eletrônica de Turismo da USP. Presidente do Comitê Brasileiro do ICOM (Conselho Internacional de Museus) de 1994 a 2000. Membro do Conselho Consultivo do ICOM-BR. Membro do ICOFOM, Comitê Internacional para a Museologia do ICOM. Diretora de Patrimônio Cultural do Instituto PRESERVALE, RJ (2009/2010). Supervisora Técnica do INSTITUTO CULTURAL CRAVO ALBIN, RJ (2009/2012). Coordenadora Técnica e Museóloga no Projeto Sergio Britto Memórias Acervo, RJ (2012 /2014). Diretora Geral da CREATIVE HERITAGE PATRIMÔNIO CRIATIVO Museologia e Produção Cultural Ltda. (2009 ao presente). Pós-doutorado pelo PACC - PROGRAMA AVANÇADO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA do Forum de Ciência e Cultura da UFRJ (2009/2010).

Referências

ASSUMPÇÃO, R.; MORI, C. Inclusão digital: discursos, práticas e um longo
caminho a percorrer. In: Governo Federal, Inclusão Digital. Brasília, 2006. Disponível
em: .
Acesso em: 20 dez. 2011.
BAHIA. Inclusão digital. portal cidadania digital. Disponível em cidadaniadigital.ba.gov.br/inclusaodigital.php?pgid=1>. Acesso em: 14 nov.
2011.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Port. Portaria n. 549, de 13 de
outubro de 1989. Disponível em: aspx?idfile=154729>. Acesso em: 20 set. 2011.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Portaria n. 522, de 09 de abril de
1997. Disponível em: .
Acesso em: 20 set. 2011.
BRASIL. Ministério da Ciência e Tecnologia. Programa Nacional de Informática
na Educação (Proinfo) In: Portal Inclusão Digital. Ibcit, 2008. Disponível
em: .
Acesso em: 30 set. 2011.BRASIL. Presidência da Republica. Decreto n. 6.300, de 12 de dezembro
de 2007. Disponível em: 2010/2007/ Decreto/ D6300.htm>. Acesso em: 20 set. 2011.
CASTELLS, M. A galáxia da Internet. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
CASTELLS, M. A Sociedade em rede: a era da informação; economia,
sociedade e cultura. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Formação Inicial para o
Trabalho: Cursos de Informática. Belo Horizonte, 2005.
GROSSI, M. G. R. Estudo das características de software e implementação de
um software livre para o sistema de gerenciamento de bibliotecas universitárias
federais brasileiras. Tese de doutorado. Universidade Federal de Minas Gerais,
Escola de Ciência da Informação, 2008.
KAMINSKI, O. Inclusão digital: necessidade, mazela ou salvação? Disponível
em: .
Acesso em 05 mar.2012.
LOMBARDI. J. C. As novas tecnologias e a pesquisa em história da educação.
In: FARIA FILHO, L. M. de. (Org.). Arquivos, fontes e novas tecnologias: questões
para a história da educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2000.
MORAES, M. C. Informática educativa no Brasil: um pouco de história. Em
Aberto. Brasília, ano 12, n.57, jan./mar. 1993. Disponível em: rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/843/755>. Acesso em:
20 set. 2011.
PERRENOUD, P. Utilizar novas tecnologias. In: Dez novas competências para
ensinar. Porto Alegre: Artemed. 2000.
RAMAL, A.C. Educação na cibercultura: hipertextualidade, leitura, escrita e
aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
REBÊLO, P. Inclusão Digital: o que á e a quem se destina. Disponível em
.
Acesso em: 08 out. 2011.
RONSANI, I. L. Informática na educação: uma analise do Proinfo. Revista
HISTEDBR On-line, n.16, Dez., 2004. Disponível em: fae.unicamp.br/art8_16.pdf>. Acesso em: 20 set. 2011.
SCHWARZELMÜLLER, A. F. Inclusão digital: uma abordagem alternativa. In:
VICINFORM: Encontro Nacional de Ciência da Informação. Salvador, BA:
Anais do VICINFORM, Jun 2005. Disponível em: br/vi_anais/docs/AnnaSchwarzelmuller.pdf>. Acesso em: 09 jun. 2006.VALENTE, J. A. (Org.). Computador e Conhecimento: repensando a educação.
Campinas: UNICAMP, 1993.
VALENTE, J. A. Informática na educação no Brasil: análise e contextualização
histórica. In VALENTE, J. A. (Org.). O computador na sociedade do
conhecimento. Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1999. Disponível em: www.nied.unicamp.br/oea/pub/livro1/index.html>. Acesso em: 20 set. 2010
VALENTE, J. A. O uso inteligente do computador na educação. Pátio- revista
pedagógica, Ano 1, n.1, p.19-21, Disponível em pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/EDUCACAO_E_
TECNOLOGIA/USOINTELIGENTE.PDF>. Acesso em: 10 set. 2010
VALENTE. J. A.; ALMEIDA, F. J. de. Visão Analítica da informática na educação
no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática
na Educação, n.1, set. 1997. Disponível em hjbortol/car/library/valente.html>. Acesso em: 10 set. 2010.
WARCHAUER, M. Entrevista a Paulo Rebêlo. Portal Webinsider.uol.com.br.
Disponível em: .
Acesso em: 08 out. 2011.
Publicado
2013-12-30
Como Citar
GROSSI, M. G.; DOS SANTOS, A.; PARREIRAS, M. DE L. Inclusão Digital No Brasil: Contribuições da Informática Educativa e dos Programas Governamentais. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 8, n. 20, p. 138-163, 30 dez. 2013.