O MST como Sujeito Pedagógico e a Escola do Trabalho: uma abordagem a partir dos boletins da educação

  • Jaqueline Ariane Pereira da Silva Mestre pelo PPGE – UNOCHAPECÓ
  • Miguel Ângelo Silva da Costa Professor no PPGEdu – URI – Frederico Westphalen

Resumo

Dedicado à análise histórica dos processos educativos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ancorado nos Boletins da Educação, publicação seriada produzida pelo Setor de Educação do Movimento, o artigo analisa os fundamentos da proposta educativa sem-terra no cenário em que o MST é entendido enquanto sujeito pedagógico e a escola é pautada na lógica do trabalho (1992-1995). Partindo da dimensão temporal de produção dos Boletins da Educação, o artigo ancora-se metodologicamente
na pesquisa histórica em educação de caráter documental/ bibliográfico. Teoricamente, busca ressonância na perspectiva teórica de E. P. Thompson, historiador inglês que expressou reação aos determinismos teóricos que negligenciaram o protagonismo social, econômico e político dos sujeitos na sociedade. Trata-se, portanto, de um trabalho que, concentrado na “história vista debaixo” ou na “história da gente comum”, procura revelar a dinâmica dos processos educativos do MST sem perder de vista o protagonismo dos sujeitos – coletivos/ individuais – não raras vezes deixados de lado na tessitura da história da educação brasileira, ou melhor dito, negligenciados
pela história educacional oficialmente contada.

Publicado
2018-08-31
Como Citar
SILVA, J.; COSTA, M. O MST como Sujeito Pedagógico e a Escola do Trabalho: uma abordagem a partir dos boletins da educação. CADERNOS DE PESQUISA: PENSAMENTO EDUCACIONAL, v. 13, n. 34, p. 150-166, 31 ago. 2018.