Na contramão de uma conexão constante: uma revisão bibliográfica sobre o fenômeno de desconexão digital

Resumo

Ainda que não seja uma realidade universal, o acesso à internet cresceu no Brasil nos últimos anos permitindo a dissolução de barreiras geográficas e o acesso à informação. Todavia, o desejo de diminuir o consumo de internet e das telas ainda compõe os anseios de alguns indivíduos. Encara-se esse estilo de vida como sendo marcado pelo fenômeno do detox digital, como é observado por alguns pesquisadores (SYVERTSEN et al., 2019). As motivações para uma vida menos conectada são distintas. Por isso, este artigo objetiva realizar um sobrevoo sobre o fenômeno e suas derivações, a fim de analisar como este vem sendo observado e/ou ignorado pelo cenário científico em diferentes campos do conhecimento. Ao longo desse panorama, percebe-se que algumas perspectivas se sobressaem nas produções científicas, tais como trabalho, produtividade, saúde, desigualdade e autenticidade.

Biografia do Autor

Thiago Álvares da Trindade, Universidade Federal de Santa Maria

 Doutorando da linha de Estratégias Comunicacionais do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (Poscom/UFSM), sob orientação da Profª. Drª. Sandra Rúbia da Silva. Bacharel em Comunicação Social – habilitação Publicidade e Propaganda pela UFSM (2016/1). Componente do grupo de pesquisa "Consumo e Culturas Digitais. Os atuais interesses de estudo do pesquisador são: práticas de consumo; culturas digitais; afastamento digital; e culturas digitais.

Sandra Rúbia da Silva, Universidade Federal de Santa Maria
Professora Associada do Departamento de Ciências da Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria (POSCOM/UFSM). Mestre em Comunicação e Informação (UFRGS) e doutora em Antropologia Social (UFSC), com estágio de doutorado-sanduíche no University College London (UCL), instituição fundadora da University of London, sob orientação do prof. Daniel Miller. Sua tese investiga, a partir de uma abordagem antropológica, as estratégias de apropriação e as práticas socioculturais relacionadas ao consumo de telefones celulares em periferias urbanas. Foi professora no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Linguagens da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), onde orientou três dissertações de mestrado. Ganhadora da quarta edição do Concurso Jóvenes Investigadores (2010) promovido pela rede DIRSI ? Diálogo Regional Sobre la Sociedad de la Información, foi contemplada com a bolsa de pesquisa Amy Mahan Young Researcher Fellowship in ICT Inclusion Policies pelo IDRC - International Development Research Centre, do Canadá. Atualmente é docente do Departamento de Ciências da Comunicação e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria. Foi jurada, por duas edições, do GSM Global Mobile Awards, promovido pela GSM Association (Londres) na categoria Mobile Use for Social and Economic Development. É líder do Grupo de Pesquisa Consumo e Culturas Digitais (UFSM/CNPq). Seus atuais interesses de pesquisa e áreas de atuação incluem teorias do consumo, cultura material e globalização; estratégias comunicacionais em marketing e publicidade; representações midiáticas e cultura brasileira; cibercultura e materialidades da comunicação; e modos de apropriação de tecnologias de comunicação e informação para a inclusão social. Coordenadora do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Maria (Gestão 2019-2021).E-mail: sandraxrubia@gmail.com
Publicado
2021-12-28
Seção
Artigos Livres