O uso da Eritropoetina Recombinante (rHuEPO) como doping sanguíneo em atletas de esportes endurance e sua detecção

  • Jheniffer Caroline de Melo Silva Inocencio
  • Paulo Worfel
Palavras-chave: Endurance. Eritropoietina recombinante. Esportes. Atletas. Doping. Fisiologia

Resumo

A eritropoietina é um hormônio endógeno secretado pelos rins, cuja função é regular a eritropoiese. Por
esse motivo, a eritropoetina artificial é um método farmacológico usado em pessoas com anemia, doenças
autoimunes, insuficiência renal crônica e aqueles que necessitam de transfusão sanguínea. O objetivo desta
dissertação é demonstrar quais são os efeitos colaterais do uso da eritropoetina endógena em pessoas
saudáveis praticantes de esportes de caráter endurance, afirmar riscos e benefícios referentes ao seu uso,
entender ao que se caracteriza a demasiada potencialização da performance do atleta usuário e descrever
como se é feito a detecção do uso da substância no doping. O uso da EPO por pessoas/atletas saudáveis
pode ser muito danoso, além de ferir a ética do espírito esportivo. O Comitê Olímpico Internacional (COI)
proibiu a utilização da EPO, considerando o seu uso como doping, a Agência Mundial Antidoping (WADA),
por sua vez, pune com 2 anos de suspensão os atletas que forem pegos utilizando a EPO. Destarte, a taxa
de secreção da EPO depende do aporte de oxigênio aos rins, sendo a hipoxemia o principal estímulo para
a sua produção. Com a criação da EPO sintética, não demorou muito para que os atletas a utilizassem
como agente ergogênico, assim descobriu-se que a substância atua sobre o coração, sangue, circulação,
resistência aeróbia, aumento de oxigenação, além de neutralizar a sensação de fadiga no início de prova. Os
riscos do aumento da viscosidade e aumento do hematócrito, juntamente a fadiga proposta durante a prova, a
desidratação, podem expor os atletas a elevados riscos e complicações devido ao uso de EPO, a longo prazo,
os atletas podem vir a apresentar hipertensão arterial, trombose da fístula arteriovenosa, hiperpotassemia e
uma síndrome pseudogripal, a curto prazo, podem ser relacionados a redução do debito cardíaco, redução
da velocidade do fluxo sanguíneo e o suprimento periférico de oxigênio insuficiente, comprometendo a
capacidade aeróbica e o desempenho em provas.
Palavras-chave: Endurance. Eritropoietina recombinante. Esportes. Atletas. Doping. Fisiologia

Publicado
2023-07-11