LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA – GENÉTICA MOLECULAR E MUTAÇÕES - REVISÃO

  • Luana Carolina Stonoga Universidade Tuiuti do Paraná
  • Elenice Stroparo Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Leucemia mieloide aguda. Citogenética. NPM1 e FLT3.

Resumo

A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia que afeta os progenitores mieloides, sendo alvo de diversos estudos na área da citogenética, é uma doença heterogênea pois, conforme a mutação envolvida altera totalmente o prognóstico e seu tratamento, este fato fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2008 criasse uma nova classificação para a doença baseada nos diferentes perfis genéticos presentes, uma vez que a classificação do grupo franco-americano britânico (FAB) era fundamentado apenas na morfologia e citoquímica das células e já não expressava mais a realidade da doença. As principais técnicas utilizadas no estudo e diagnóstico das mutações genéticas são as de bandeamento G
e a hibridação fluorescente in situ (FISH). As alterações genéticas encontradas na LMA podem envolver uma grande quantidade de genes, como deleções, inversões e translocações, que podem ser observados no cariótipo, mas também podem ocorrer em apenas alguns genes, ou de maneira simultânea. Os genes mais relevantes estudados e que apresentam grande importância na LMA são o NPM1, CEBPA e o FLT3. O NPM1 é a mutação mais comum encontrada e pode ou não estar associada a outras mutações e em geral apresenta um bom prognóstico. O CEBPA também é associado à um bom prognóstico da doença, porém é encontrado em apenas 10% dos casos de LMA. A mutação mais importante é a FLT3, pois é a que apresenta pior prognóstico sendo alvo de um amplo estudo citogenético e principalmente no tratamento baseado na inibição do gene. A partir de estudos dos RNAs, com as tecnologias de sequenciamento genético, é esperado mais avanços nessa área.

Publicado
2020-08-28