PRODUÇÃO DE ÁLCOOL ENDÓGENO E A INFLUÊNCIA NAS ANÁLISES TOXICOLÓGICAS

  • Mariana Eli Sieczko Universidade Tuiuti do Paraná
  • Eduardo Rodrigues Cabrera Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Cleverson Antonio Ferreira Martins Universidade Tuiuti do Paraná
Palavras-chave: Pós-morte. Dosagem alcoólica. Humor Vitreo.

Resumo

Os laboratórios de Análises toxicológicas são muito solicitados para realizarem exames de dosagem alcoólica. A interpretação é um fato de grande valia, principalmente em casos de decomposição. Quando amostras diferentes de matérias biológicos são analisadas e o álcool só aparece em um deles, a produção desse álcool pode ser atribuída a achados post mortem. Em achados post mortem, os tecidos e fluidos que contenham maiores quantidades de glicose seriam sítios preferencias para a produção de etanol. A concentração das substâncias não reflete necessariamente nas concentrações no momento da morte, pois de acordo com o local que é feito a coleta do material biológico, propriedades físico-químicas podem fazer com que o valor das concentrações seja alterado. Em casos de amostras coletadas post mortem seria preciso considerar com muito cuidado o processo de putrefação, pois o álcool pode ser perdido pelo  metabolismo e também pela evaporação. Há também possibilidade do álcool analisado ser endógeno, produzido por microrganismos, influenciando a interpretação sobre o álcool exógeno. A toxicologia forense pode usar tipos de matrizes orgânicas como amostras para serem analisadas, porém as mais utilizadas são o sangue, urina e o humor vítreo. A técnica utilizada para as analises é a cromatografia gasosa acoplada a um detector de ionização em chama que permite quantificar o etanol na amostra. As bases de dados utilizadas nesse artigo foram Scielo, Science Direct, Pubmed. O objetivo deste trabalho como forma de revisão, é entender quais os fatores que devem ser levados em consideração na hora das analises, qual a importância em diferenciar álcool endógeno do exógeno.

Publicado
2019-09-26